Sunday, July 04, 2010

Resenha: Burned

Burned, da Ellen Hopkins é, em essência, um livro um tanto quanto diferente dos que eu geralmente leio, mas isso não muda o fato: o livro é bom.
Uma amiga minha me emprestou, e eu, feliz por ter algo novo para ler, comecei a ler.
Não só foi uma leitura interessante, por mostrar vários aspectos da cultura Mórmon, tratando da vida de uma adolescente de 17 anos, Pattyn Scarlet Von Stratten, e seus problemas começaram com um sonho sobre sexo, assunto proibido entre os Mórmons, mas foi também bastante filosófica. Gosto de livros que, quando terminamos, nos fazem querer para e pensar sobre a história, pensar sobre todas as formas de levar isso para nós.
Seu pai é alcóolatra, e bate na mãe. Pattyn tem 6 irmãs, todas mais novas, das quais ajuda a mãe a cuidar.
Mas quando Pattyn se rebela após ter sido descoberta com um garoto não-Mórmon, e levar um fora desse mesmo garoto, quando a mãe de Pattyn engravida novamente, Pattyn é mandada para viver com sua tia no interior do estado de Nebraska.
O exílio em Nebraska que prometia ser tedioso, acaba por virar um presente para Pattyn, que aprende a dirigir, a montar cavalos e, talvez mais importantemente, a amar e respeitar a si própria.
Na casa de sua tia, ela conhece Ethan, filho de um amigo de Tia J., e os dois acabam se apaixonando, fortificando ainda mais o aprendizado de Pattyn de que há mais na vida do que só a Igreja.
Mas quando ela volta para casa, as coisas começam a piorar novamente. Seu pai parou de bater em sua mãe em deferência ao bebê, mas ao invés disso, bate em Pattyn e em sua irmã, Jackie.
Como se já não bastasse, Pattyn descobre que está grávida de Ethan e, ao ligar para ele para contar, é entreouvida por duas garotas, que espalham a fofoca, que acaba chegando aos pais de Pattyn, mesmo enquanto a garota nega.
Burned é o tipo de livro que começa devagar, mas quando pega o ritmo, é impossível de largar, e tem um final extremamente triste, que reflete o modo com o qual a vida geralmente ocorre, sem fantasias, eufemismos, ou mentiras, e nos deixa com um fato: a vida é diícil e injusta, por isso devemos aproveitar os bons momentos ao máximo, antes que tudo nos seja tomado sem aviso prévio.

2 comments:

  1. Por isso eu amo Ellen Hopkins. Conto de fadas zero.
    Amei a resenha :)

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  2. Super me interessei. /hmm Ótima resenha :D

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